Senador Rogério Carvalho sinaliza possível aliança com Valmir de Francisquinho, mas impõe condição partidária


Durante a XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada na capital federal, o senador Rogério Carvalho (PT) concedeu entrevista ao jornalista Narcizo Machado, da Rádio Fan FM. Na pauta, um tema que começa a movimentar os bastidores da política sergipana: a possibilidade de uma aproximação política entre o senador petista e o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), já visando o cenário eleitoral de 2026.
Rogério foi cauteloso, mas confirmou que vem mantendo conversas com Valmir. Contudo, deixou claro que uma eventual aliança esbarra em uma questão central: a atual filiação do prefeito ao Partido Liberal (PL), sigla que, segundo o senador, tem posições políticas incompatíveis com as do Partido dos Trabalhadores (PT) no atual contexto nacional.
“Tenho um bom relacionamento com Valmir, conversamos com frequência. Mas uma composição formal entre PT e PL, dadas as circunstâncias políticas do país, é algo muito difícil de acontecer”, afirmou Rogério.
Apesar das divergências partidárias, o senador não descartou totalmente uma união, mas sinalizou que isso passaria por uma mudança de partido por parte de Valmir. “A decisão sobre qual partido ele deve estar não cabe a mim. Isso é uma escolha pessoal e estratégica dele. O que posso dizer é que mantemos um diálogo respeitoso e aberto”, destacou.
Rogério ressaltou que o tempo será determinante para que esse possível alinhamento se concretize. “A política é dinâmica. Hoje estamos em campos diferentes, mas não se sabe o que pode acontecer até lá. Se ele permanecer no PL, é praticamente inviável uma aliança. Mas se os cenários mudarem, podemos discutir”, completou.
Nos bastidores, a movimentação é vista como mais uma peça no xadrez político de Sergipe, onde alianças inesperadas podem redesenhar o mapa das eleições estaduais de 2026. Enquanto isso, tanto Rogério quanto Valmir seguem suas agendas, atentos às possibilidades e às mudanças que o cenário político pode oferecer nos próximos meses.
A declaração do senador reforça que, na política, o impossível de hoje pode ser o possível de amanhã — tudo depende dos rumos que cada liderança está disposta a trilhar.